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26 de abr. de 2009

HOSPITAL MATER DEI DE BH REALIZA O PRIMEIRO IMPLANTE DE MARCAPASSO CEREBRAL


Em 2008, no Hospital Mater Dei em Belo Horizonte foi feito o primeiro implante de marca­passo cerebral, para tratamento de epilepsia crônica e de difícil controle. O dispositivo é afixado na região cervical e é acionado para emitir correntes elétricas de mínima voltagem e enviar estímulos constantes ao sistema nervoso. Assim, estimula determinadas partes do cérebro, promovendo a redução do número de crises epilépticas e resultando em melhor controle da doença.
O marcapasso cerebral é um aparelho de material plástico, leve e pequeno, que mede 4 cm3, aproximadamente. “É implantado embaixo da pele, na região torácica e proporciona resultados excelentes relativos à redução e até à eliminação dos sintomas de crise epiléptica. É aplicável em casos específicos, quando o paciente não responde bem a tratamentos medicamentosos”, explica o médico Charles Jermani, neurocirurgião que realizou o primeiro procedimento no Mater Dei, em março de 2008.
A utilização dessa técnica é recomendada por neurologistas, a partir de diagnósticos apurados e avaliações minuciosas para medir a real necessidade.

Como age o marcapasso
Durante uma crise epiléptica, um grupo de neurônios descarrega cargas elétricas de alta voltagem no cérebro, gerando crises caracterizadas por uma atividade anormal de partes do cérebro e acarretando convulsões e até perda de cons­ciência. O tratamento com o marcapasso consiste em reduzir a frequência e a intensidade dessas crises ao estimular determi­nadas regiões do cérebro que inibem a convulsão.
O primeiro marcapasso cerebral do Estado foi implantado, no Mater Dei, em Ana Luiza , de 13 anos. Depois de quase sete anos e diversas tenta­tivas para conter as crises epilépticas, que se agravavam cada vez mais por consequência de encefalite, a paciente recebeu essa indicação médica. Tal recurso proporcionou grande melhora. A mãe de Ana Luiza, considera que a cirurgia foi um sucesso, pois as reações sentidas pela filha foram positivas e a recupe­ração rápida. Há menos de um ano da cirurgia, a família já percebe muitos benefícios. “Ana Luiza chegava a ter quatro crises epilépticas por dia e, agora, sob ação do marcapasso, passa cerca de 14 dias sem sentir esse mal. O tratamento propor­cionou qualidade de vida à minha filha.
Estamos muito felizes e queremos que mais pessoas tenham conhecimento desse recurso”declarou a mãe.

fonte: Mater dei

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