O laboratório de segurança máxima NB3 "Prof. Dr. Klaus Eberhard Stewien" inaugurado no início de 2004 na cidade de São Paulo, foi feito para
abrigar agentes exóticos pouco conhecidos e potencialmente letais, o
laboratório tem nível de segurança 3+. Em uma área de 50 m2 com acesso limitado, esterilizada por um
sistema de filtração com pressão negativa, encontram-se todos os
equipamentos necessários à pesquisa microbiológica. Os manipuladores
utilizam necessariamente roupas e equipamentos de proteção individual
criados especificamente para este tipo de pesquisa. O Laboratório Klaus Eberhard Stewien ganhou o nome de um virologista
alemão naturalizado brasileiro que ajudou a conter a paralisia infantil
no país. As condições da sala de 50 m2 são monitoradas constantemente por
computador, que verifica se a temperatura é a desejada (por volta de
20C) e se a pressão atmosférica do laboratório é menor que a de fora,
para evitar que o ar do recinto leve os patógenos para o exterior. O ar é
filtrado duplamente: quando entra e quando sai.
Para entrar no
laboratório, os visitantes precisarão se despir e envergar um macacão
impermeável cujo tecido, estruturado como um filtro, impede a passagem
de quaisquer bactérias. Uma máscara (que também tem seu filtro de ar),
luvas e óculos completam o figurino. 'Uma das poucas diferenças entre o
nosso laboratório e um de nível 4 é que, no nível superior, as pessoas
usam uma tubulação para respirar só o ar de fora', explica Durigon.
A
sala trata seu próprio esgoto e sua própria água, aquecendo-a a 140C e
depois resfriando-a, tudo para eliminar intrusos virais indesejáveis.
Para sair, é preciso tomar uma ducha com 20 litros de água com cloro
desinfetante, seguida de mais 30 litros de água pura.
Além do
vírus da Sars (pneumonia atípica), a equipe vai investigar arbovírus (o
grupo do vírus da dengue), hantavírus (transmitidos pelas fezes de
roedores silvestres e causadores de pneumonias hemorrágicas) e o vírus
do oeste do Nilo, que não chegou ao Brasil, mas já fez várias vítimas nos
EUA.
Fontes: Departamento de microbiologia da Universidade de São Paulo , Ministério da Saúde
12 de mar. de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário