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12 de mar. de 2013

LABORATÓRIO DE SEGURANÇA MÁXIMA

O laboratório de segurança máxima NB3 "Prof. Dr. Klaus Eberhard Stewien" inaugurado no início de 2004 na cidade de São Paulo, foi feito para abrigar agentes exóticos pouco conhecidos e potencialmente letais, o laboratório tem nível de segurança 3+. Em uma área de 50 m2 com acesso limitado, esterilizada por um sistema de filtração com pressão negativa, encontram-se todos os equipamentos necessários à pesquisa microbiológica. Os manipuladores utilizam necessariamente roupas e equipamentos de proteção individual criados especificamente para este tipo de pesquisa. O Laboratório Klaus Eberhard Stewien ganhou o nome de um virologista alemão naturalizado brasileiro que ajudou a conter a paralisia infantil no país. As condições da sala de 50 m2 são monitoradas constantemente por computador, que verifica se a temperatura é a desejada (por volta de 20C) e se a pressão atmosférica do laboratório é menor que a de fora, para evitar que o ar do recinto leve os patógenos para o exterior. O ar é filtrado duplamente: quando entra e quando sai.
Para entrar no laboratório, os visitantes precisarão se despir e envergar um macacão impermeável cujo tecido, estruturado como um filtro, impede a passagem de quaisquer bactérias. Uma máscara (que também tem seu filtro de ar), luvas e óculos completam o figurino. 'Uma das poucas diferenças entre o nosso laboratório e um de nível 4 é que, no nível superior, as pessoas usam uma tubulação para respirar só o ar de fora', explica Durigon.
A sala trata seu próprio esgoto e sua própria água, aquecendo-a a 140C e depois resfriando-a, tudo para eliminar intrusos virais indesejáveis. Para sair, é preciso tomar uma ducha com 20 litros de água com cloro desinfetante, seguida de mais 30 litros de água pura.
Além do vírus da Sars (pneumonia atípica), a equipe vai investigar arbovírus (o grupo do vírus da dengue), hantavírus (transmitidos pelas fezes de roedores silvestres e causadores de pneumonias hemorrágicas) e o vírus do oeste do Nilo, que não chegou ao Brasil, mas já fez várias vítimas nos EUA.

Fontes: Departamento de microbiologia da Universidade de São Paulo , Ministério da Saúde


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