ALERGIA

A alergia ocorre quando nosso sistema imunológico confunde uma substância comum com perigosos vírus ou bactérias e defende-se exageradamente.
Manchas vermelhas, coceira, espirros, tosse, dores de cabeça. O conjunto de sintomas atribuídos à alergia é bastante amplo, mas é preciso ter cuidados na hora de identificar o agente causador.Além disso, nem tudo que parece ser alergia de fato é. Seus sintomas são frequentemente confundidos com os de outras doenças, como gripe ou resfriado, por exemplo.
E para sanar a dúvida, nada melhor que a atuação de um especialista que tanto pode ser o dermatologista, o otorrinolaringologista, o pneumologista ou, mais especificamente, o alergista.
O que é alergia?
A alergia é uma doença comum e não tem cura. Estima-se que pelo menos 40 milhões de brasileiros já tenham apresentado algum tipo de reação alérgica, e a tendência é que este número seja cada vez maior. está associada à hereditariedade e à exposição a fatores do meio ambiente(alterações climáticas, poluição). A alergia costuma ter suas primeiras manifestações na infância, mas qualquer pessoa pode desenvolver algum tipo de alergia, em qualquer idade.
As reações alérgicas são produzidas quando nosso corpo reconhece como estranhas as substâncias com as quais convivemos habitualmente e reage a elas de forma exagerada. Estas substâncias ganham o nome de alérgenos e podem entrar no corpo por inalação, ingestão, contato com a pele ou por injeção. Assim, ácaros do pó, polens, fungos, alimentos e medicamentos podem ser"confundidos" com agentes agressores(vírus, bactérias) e estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos de defesa(IgE). É desencadeada, então, uma hipersenisibilidade, que pode se traduzir em rinite, asma, dermatite, urticária, conjuntivite, etc.
As reações alérgicas se manifestam através de sintomas(tosse, coceira, olhos lacrimejantes, fadiga, dores de cabeça, espirros, coriza, etc) que, de alguma forma, sempre debilitam o organismo e podem se tornar um causa da redução do aproveitamento escolar, da produtividade no trabalho e em atividades de lazer. Além disso, existe também o risco do choque anafilático, que é uma reação mais intensa em que o fluxo sangüíneo e apressão arterial diminuem subitamente, comprometendo a oxigenação dos órgãos e fazendo com que o corpo entre em estado de choque, com risco de morte para o indivíduo.
As reações alérgicas podem ser controladas e os sintomas, prevenidos e até mesmo minimizados. Para isso é importante que o alérgico descubra os fatores que deflagram sua alergia e aprenda como tratar corretamente os efeitos, através da orientação de um médico alergista.
Alergias respiratórias: Cada vez que respiramos, além do oxigênio, podemos estar introduzindo em nosso organismo uma série de substâncias(mofo, poeira, pólen, etc). Para algumas pessoas, elas passam despercebidas, mas pra outras, são causadoras de espirros, coriza, tosse, congestão nasal, falta de ar, etc.

O ácaro tem uma grande participação nestes processos. Trata-se de um parasita microscópico, que vive em locais úmidos e frescos e se alimenta de pele descamada. As pessoas alérgicas são sensíveis aos fragmentos do corpo e das fezes do ácaro que se juntam à poeira doméstica. Alguns locais propícios para o desenvolvimento dos ácaros são os lençóis, os travesseiros, os colchões, os carpetes e as roupas. 
Também os fungos, encontrados em locais úmidos, o mofo, o pólen de plantas e os fragmentos da pele de animais e insetos(baratas, etc) contribuem bastante para o surgimento de doenças como a rinite e a asma. Estas são as principais doenças associadas aos processos alérgico respiratórios, que podem ser agravadas por mudanças climáticas, resfriados, estresse e fatores emocionais.
A rinite é um inflamação alérgica da mucosa do nariz, quando submetida à ação dos alérgenos. Coriza e obstrução nasal são seus principais sintomas.
No caso da asma, apesar de não haver cura, pode-se conseguir alívio dos sintomas evitando-se os agentes alergênicos e seguindo-se o tratamento à base de medicamentos indicado por um pneumologista ou alergista.
Animais domésticos e picadas de insetos: Algumas pessoas costumam associar a alergia ao pêlo de animais. Na verdade, a resposta imune se dá aos alérgenos encontrados na urina, na saliva e nas descamações da pele do animal, que são levados pelo ar. Atacam principalmente os olhos e o nariz, mas também podem ser inalados e afetar diretamente os pulmões.
Cachorros e gatos costumam ser os principais responsáveis por este tipo de alergia, por serem mais facilmente encontrados, mas qualquer animal, de pêlo ou pena pode desencadear reações alérgicas. Por isso, para haver uma melhor convivência entre o animal e a pessoa alérgica, é preciso diminuir o nível de alérgenos presentes no ambiente. Ou seja, através de banhos semanais, boa higiene dos locais de circulação do animal e evitando o contato direto com ele.
Para a maioria das pessoas, as picadas de insetos causam vermelhidão, inchaço, coceira ou dor local, sem maiores consequências, porém algumas pessoas podem apresentar reações mais intensas a picadas de insetos como formigas, abelhas, marimbondos. Nestes casos, a reação alérgica se espalha por todo o corpo, podendo até provocar o choque anafilático e levar o indivíduo à morte. Essas pessoas devem procurar orientação de um alergista sobre medicamentos e ter sempre à mão um estojo de primeiros socorros para emergências.
Alergias da pele e dos olhos: A pele também pode sofre processos alérgicos quando entra em contato com determinadas substâncias, até mesmo quando o organismo já esteja acostumado com elas. Uma dona de casa, por exemplo, pode se tornar alérgica ao sabão mesmo após anos de uso contínuo do produto.
Pulseiras de relógios, metais usados em bijuterias, cosméticos, produtos de limpeza, elásticos de lingeries, artigos de látex e roupas sintéticas são alguns dos principais causadores de alergias.
A urticária é um manifestação alérgica que se caracteriza pelo surgimento de manchas vermelhas que coçam muito e podem aparecer e desaparecer de repente, pelo contato da pelo com os alérgenos ou pela ingestão de alimentos.
O eczema alérgico manifesta-se quando a substância alergênica entre em contato direto com a pele, desencadeando uma resposta do organismo ao "agressor". Surgem, então,os sinais característicos: coceira, vermelhidão, inchaço, bolhas (vesículas), escamação, espessamento da pele e inflamação.
A melhor forma de tratamento deve ser prescrita por um especialista, que também pode indicar a realização do teste de contato para descobrir quais são as substâncias causadoras da alergia. Neste teste o médico aplica pequenas dose de algumas substâncias na pele. Após 48 horas, as que apresentarem alguma reação são as que devem ser evitadas. 
Os olhos também são susceptíveis a reações alérgicas causadas por elementos presentes no ar, como a poluição. Neste caso, ocorre desde o lacrimejamento até a inflamação da conjuntiva(conjuntivite).
Algumas dicas para manter a alergia sob controle: 

• Durante o dia, procure manter a sua casa aberta, bem arejada e exposta ao sol
• Procure eliminar a umidade de paredes e tetos. Existem produtos específicos para tratar o mofo. Livre-se de poeira.
• Prefira roupas de cama confeccionadas com materiais antialérgicos e lave-as, semanalmente. Evite usar travesseiros de penas.
• Coloque capas plásticas nos colchões e nos travesseiros, para que não acumulem pó e partículas de pele. Não permita que fumem dentro de casa.
• Evite carpetes, bichos de pelúcia, plantas e outros objetos que acumulem pó(livros, enfeites, quadros,brinquedos), principalmente nos dormitórios.
• Aspire sempre tapetes, colchões e cortinas. Atualmente existem filtros especiais, mais eficientes contra os ácaros e as pequenas partículas, como os filtros HEPA(high efficiency Particulate Air).
• Restrinja a circulação dos animais de estimação pela casa. Não deixe que entrem ou se abriguem nos dormitórios. mantenha sempre limpos os locais onde eles circulam e evacuam. Dê-lhes banhos semanais  e escove sempre seu pêlo.
• Evite o uso de inseticidas e aparelhos repelentes de insetos.Também evite armazenar dentro de casa produtos com solventes, tintas, limpadores perfumados e e outros produtos com odor muito forte. Mantenha-os bem fechados e fora do contato com os moradores da casa.
• Fique atento ao aparecimento dos sintomas descritos anteriormente e procure um  médico.

Alergia a alimentos:
As reações do sistema de defesa do organismo podem ser naturais, ou seja, ocorrer desde o nascimento do indivíduo, ou ser adquiridas e desenvolvidas após um ou mais contatos com a substância. Assim já nascemos com alergia a certos alimentos e desenvolvemos alergia a outros após consumi-los por algumas vezes, mesmo sem manifestações anteriores.
As reações alérgicas pode se manifestar ou não por sinais externos na pele, ou por asma, rinite, diarréia, etc. Sempre provocam um desgaste do sistema imunológico (defesa do organismo), deixando o indivíduo mais susceptível ao desenvolvimento de outras doenças.
O desenvolvimento das alergias depende de fatores como:

• genética(70%);
• tipo de alérgeno, tamanho e quantidade a que o organismo é exposto e porta de entrada;
• competência do sistema imunológico(de acordo com o consumo adequado de vitaminas e minerais da dieta)
• integridade do organismo, principalmente função intestinal(primeira barreia de defesa do organismo).

Como tratar da alergia a alimentos:

O tratamento nutricional da alergia alimentar consiste em:

1. Suspender os alimentos suspeitos(alergênicos) da alimentação por, no mínimo, 20 dias.
2. Cuidar do trato gastrintestinal e fortalecer o sistema de defesa do organismo.
3. Reintroduzir os alimentos suspensos, um a um, com intervalo de 4 dias entre eles. A cada reintrodução, devem-se observar as reações do organismo e manter ou suspender o alimento testado.

SUSPENDER - Alimentos que freqüentemente provocam reações alérgicas.

Leite e derivados, soja, chocolate, açúcar, trigo, cevada e centeio, corantes, aromatizantes artificiais, conservantes, aditivos alimentares, ovos, frutos do mar, amendoim, cafeína e frutas cítricas.

CONSUMIR - Alimentos benéficos que ajudam a recuperar o organismo.

Frutas, verduras, legumes, arroz integral, massas integrais sem ovos, batata, carne branca(frango ou peixe), laranja, limão, lima, toranja, mexerica, brotos(alfafa, feijão), trigo, cevada, semente de linhaça, alho, cebola, ervas, água, folhas verdes, raízes, abóbora, agrião, brócolis, couve, couve-flor, mostarda, nabo, rabanete, repolho, rúcula, cúrcuma, açafrão-da-terra, alecrim e chá verde.

Obs. Associar o consumo desses alimentos à mastigação e à hidratação adequadas.

Dicas que diminuem a intensidade e o parecimento das reações alérgicas:

• Beba líquidos frios, principalmente durante a prática de atividade física.
• Tome banho morno ou frio.
• Associe tudo isso a uma terapia nutricional adequada.

Auto-estima e Saúde

Por definição auto-estima é a qualidade de quem se valoriza e se sente satisfeito com o seu modo de ser, demonstrando confiança em seus atos e julgamentos.
É o que isso tem a ver com saúde  Absolutamente tudo. Ter auto-estima elevada influencia a busca de um estilo de vida mais saudável, nos planos físico, mental e emocional. Gostar de si mesmo é o ponto de partida para procurar viver melhor, sentir-se mais motivado no dia-a-dia e melhorar a qualidade dos relacionamentos profissionais e pessoais.
Ter auto-estima elevada significa sentir-se competente, confiante e merecedor. E quem gosta de si mesmo gosta mais do mundo e de viver.
DO QUE É FEITA A AUTO-ESTIMA?
A auto-estima começa a se formar na infância. Ao longo de toda a nossa vida, armazenamos valores, pensamentos, experiências, ideias, impressões sobre o mundo, sobre as pessoas com quem convivemos e, principalmente, sobre nós mesmos. O excesso de auto-estima se traduz em indivíduos com alta prepotência e autoritarismo com a família e com subordinados. A baixa auto-estima gera insegurança, medo e infelicidade. Buscar o equilíbrio entre esses extremos é fundamental para impulsionar a carreira, a vida pessoal e a construção de relacionamentos fortes e duradouros.
AUTO-ESTIMA=  Auto-imagem + Autoconfiança + Amor-próprio

Auto-imagem
É o conceito que temos de nós mesmo. A forma como enxergamos os talentos, as habilidades e os atrativos. É a percepção de um conjunto constituído de sensibilidade, inteligência e aparência.
Também é a dimensão com que tratamos de nossas limitações, compreendendo que o processo de auto desenvolvimento é dinâmico e o nosso próprio eu é mutável e passível de crescimento.
Autoconfiança
É acreditar no próprio potencial na capacidade de superação de desafios, no poder de realizar os sonhos e atingir metas.
É ter a serenidade d constatar que não é sempre que se vence, é não deixar que o insucesso frustre qualquer nova tentativa.
É não temer o desconhecido e as incertezas que cercam o que é novo. É saber arriscar-se na medida certa em uma atitude positiva de conquista.
Não significa saber tudo, mas estar disposto a aprender e reagir positivamente às novas experiências.
Amor-próprio
Amar a si mesmo é a própria base da auto-estima. É aceitar-se em seu próprio modo ser, com todas as qualidades e todos os defeitos. É saber respeitar-se e exigir respeito e consideração.
É procurar preservar-se do que é destrutivo, do que faz mal. 

TODOS TEMOS ALTOS E BAIXOS, O QUE FAZ COM QUE EQUILIBRAR A AUTO-ESTIMA SEJA UMA PRÁTICA DIÁRIA.

Quando a auto-estima é alta...

• Há facilidade em assumir a responsabilidades sobre as próprias ações. Ficamos mais seguros e confiantes para defender nosso ponto de vista ou assumir um erro, recomeçando de onde for preciso.
• Temos maior motivação. Ficamos mais flexíveis e propensos a encontrar soluções. Procuramos estar mais disponíveis, nos sentimos mais livres e com mais energia.
• Estabelecemos diálogo afirmativo, sem agressividade. Defender um ponto de vista fica mais fácil, quando temos convicção em nossa própria opinião.

• Há o desenvolvimento de novas habilidades. Novos projetos e novos ambientes não assustam, porque existe a compreensão de que os desafios são parte do crescimento. 

Quando a auto-estima é baixa...

• Há preocupação excessiva com a opinião alheia. Preocupar-se com o que os outros vão pensar é um insegurança característica de que não acredita na própria imagem.
• Surgem dificuldades em lidar com os próprios erros. Errar é mais que humano, mas aceitar as próprias falhas pode ser difícil se a autoconfiança for baixa.
• É difícil manter a argumentação. Um simples diálogo, em que se manifestam opiniões contrária pode se transformar em confronto, com críticas levadas para o lado pessoal.
• É maior a propensão a doenças, como a depressão. A tendência é enxergar mais as dificuldades e os aspectos negativos que as oportunidades, fazendo com que os momentos de tristeza superem os de alegria.

DICAS PARA MELHORAR A AUTO-ESTIMA

• Buscar o autoconhecimento - Procurar conhecer a si mesmo e identificar com clareza seus anseios, sentimentos e emoções ajuda a desvendar o mecanismo de seus processos internos.
• Manter-se em boa forma física - Alimentação saudável e atividades físicas regulares melhoram a imagem refletida no espelho e conferem mais energia e disposição.
• Aprender a identificar as qualidades e não só os defeitos -  A autocrítica é importante e deve ser feita com bom senso. Nenhum excesso é positivo, tanto o de modéstia quanto o de autocentrismo.
• Aprender com as experiências passadas - De tudo se pode tirar uma lição. Refletir e aprender com o que acontece é uma forma de reverter o que não deu certo em algo de que se pode tirar algum proveito. E, depois disso, deixar o passado no passado.
• Trata-se com respeito - Saber preservar-se do que é negativo e do que faz mal física, mental e emocionalmente. Todo mundo deve se sentir merecedor de ser amado e de alcançar a própria felicidade.
• Reservar um tempo para o próprio prazer - É fazer todos os dias algo que torne você feliz: coisas simples como dançar, ler, passear, dedicar-se a um hobby. O importante é a satisfação pessoal.
• Buscar a independência - Não ser dependente, financeira, intelectual ou emocionalmente de ninguém, além de melhorar a qualidade dos relacionamentos, confere a sensação de realização.
• Promover o contínuo crescimento pessoal - Obter novos conhecimentos por meio de cursos, leituras, viagens, visitas a museus e exposições nos torna mais completos e satisfeitos. Viver é prender continuamente e, a cada novo conhecimento adquirido, crescemos um pouco mais.